quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Quarto de despejo

Carolina Maria de Jesus era catadora de papéis, mãe single de três filhos e morava na favela do Canindé (cidade de São Paulo), que ela considerava um "quarto de despejo". O livro traz trechos de seus diários, nos quais escreve sobre o cotidiano, a vida dura e precária e seus sonhos. Antes de tudo, era uma mulher forte, independente e tinha um amor incondicional pelos livros e pela escrita. A obra, que já foi traduzida para mais de 13 idiomas, ficou em primeiro lugar na lista de mais vendidos em 1960.

É assim que começa:

"15 de julho de 1955
Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos generos alimenticios nos impede a realização dos nossos desejos."


Quarto de despejo: diário de uma favelada
Carolina Maria de Jesus
(Ática, 2014)




Veja algumas edições do livro:











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terça-feira, 31 de março de 2020

Mulheres que foram à luta armada

O livro pode ser visto como uma grande reportagem, na qual Luiz Maklouf Carvalho traz o cotidiano da guerrilha urbana (concentrando-se mais nas mulheres) que ousou enfrentar a ditadura.


"Este livro joga luz no período mais escuro da história do Brasil – o da luta armada contra a ditadura militar (1964/1984). Ela ocorreu, com ascensos e descensos, entre 1968 e 1974, quando um bom punhado de militantes da esquerda revolucionária, a maioria jovens e boa parte mulheres, somou, à arma da crítica, a crítica das armas."


Mulheres que foram à luta armada
Luiz Maklouf Carvalho
(Globo, 1998)






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terça-feira, 24 de março de 2020

Miss Brontë

Biografia ficcional sobre Charlotte Brontë. De real, as frustrações e os obstáculos enfrentados por ela e pelas irmãs, Anne e Emily, mulheres pobres, aspirantes a escritoras, no interior da Inglaterra no século XIX.

“Arthur chegou em uma carroça que continha caixas com galinhas e fardos de feno, conduzida por um agricultor rude que não abriu a boca durante toda a viagem, exceto para xingar seu cavalo.”


Miss Brontë
Juliet Gael
(Larousse, 2011)


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sábado, 21 de março de 2020

Agosto

Rio de Janeiro, agosto de 1954. Uma história fictícia que tem como pano de fundo fatos reais envolvendo a morte de Getulio Vargas. Assassinato, corrupção, conspirações e uma investigação que tem à frente o desencantado, mas tenaz comissário Alberto Mattos.

“O porteiro da noite do edifício Deauville ouviu o ruído dos passos furtivos descendo as escadas. Era uma hora da madrugada e o prédio estava em silêncio.”


Agosto, Rubem Fonseca
(Record/Altaya, 1990)


 








 



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quinta-feira, 19 de março de 2020

A vinda de Joachim Stiller

Definida pelo autor, Hubert Léon-Lampo (nascido em 1920, na cidade Antuérpia, Países Baixos), como "realismo mágico", esta obra mistura o cotidiano do jornalista Freek Groenvelt com o sobrenatural que, gradualmente, vai se introduzindo na história.

É assim que começa:

"Embora trabalhe para um jornal progressista, às vezes me pergunto se não sou conservador por natureza. Por favor, não me interprete mal. Não estou falando no sentido político da palavra. Basicamente, sou apenas um sujeito perfeitamente comum, que gosta de levar uma vida razoavelmente cômoda e que, de resto, acredita tranquilamente que a humanidade, através de seus próprios esforços, está conquistando gradualmente sua independência."


A vinda de Joachim Stiller, Hubert Lampo
(Cultrix/Pensamento, 1995)











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quarta-feira, 18 de março de 2020

Minha irmã, meu amor

Livro intenso, denso, baseado em uma história real trágica sobre uma aparentemente "normal" família de subúrbio norte-americana.

É assim que começa:


"As famílias disfuncionais são todas iguais. Idem Quanto aos 'sobreviventes'.Eu. Sou o filho 'sobrevivente' de uma famigerada família norte-americana, mas é provável que, depois de quase dez anos, você não se lembre de mim: Skyler".


Minha irmã, meu amor, Joyce Carol Oates
(Editora Alfaguara, 2011)










 


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terça-feira, 17 de março de 2020

O caso Saint-Fiacre

O primeiro livro que li com um de meus personagens favoritos, o inspetor Jules Maigret.

É assim que começa:

"Uma batida tímida na porta. O som de um objeto pousado no chão. Uma voz furtiva."


O caso Saint-Fiacre, George Simenon
(Editora L&PM, 2006)


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